Rogério Ceni

Não é porque torço para o São Paulo desde o tempo em que lá jogava um ponta direita muito rápido de nome Paraná, isso no início dos anos setenta.

Lembro que uma vez esse Paraná foi bater um escanteio e no espaço dos três passos que o separava da bola ele resolveu voltar a bola para o lateral direito; que se não me engano era o uruguaio Pablo Justo Forlan; em vez de jogá-la para o centro da área, onde todos esperavam, jogadores e torcida. No escanteio a bola é colocada geralmente na extremidade do quarto de círculo demarcado. Só que ao girar o corpo para voltar a bola para o lateral ele virou mais do que era preciso e bateu o escanteio para fora do campo pela sua lateral. Algo totalmente inédito e olha que acompanho futebol desde que me entendo por gente e nunca mais vi tal façanha.

Mas voltemos ao Rogério Ceni, que espetáculo! Centésimo gol na carreira.

Isso para um guardador de metas pode ser comparado ao milésimo gol do Pelé ou do Romário. Um feito histórico a ser lembrado para sempre. Para ele e claro, para nós são-paulinos teve um gostinho a mais por ter sido com vitória e contra um rival de peso como o Corinthians. Um belo gol e ainda mais de falta por sobre a barreira, lá na gaveta.

Estamos de parabéns todos os amantes do futebol.

Hoje, minha noite de sono vai ser mais feliz.