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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Alternativas para habitações populares

Buscar alternativas baratas para construções populares era um dos meus maiores interesses na época da faculdade. Estagiei com um professor de Construção Civil em que fazíamos ensaios com diferentes tipos de argamassas buscando redução de custos procurando manter a qualidade no resultado final.
Em grandes centros, estão utilizando métodos alternativos para a construção de habitações populares.

Um desses métodos construtivos chegou em nossa Ituiutaba, o Sistema Jet Casa. 1000 casas estão sendo construídas por esse método.
Trata-se de um sistema que fabrica as placas das paredes pré-moldadas, misturando os materiais tijolo cerâmico, concreto e treliças metálicas. Apresenta como principais vantagens o desperdício mínimo de material, o tempo mais rápido na construção e consequentemente a utilização mais racional da mão de obra.
Confesso que quando fiquei sabendo que as casas seriam em placas pré-fabricadas, fiquei preocupado por causa do clima em nossa região que é muito quente. Mas tudo isso foi por terra quando entendi melhor o sistema que é misto com a utilização de tijolos cerâmicos na fabricação dos painéis que depois são revestidos com argamassa antes de serem levados para a montagem sobre as fundações das casas. Os painés são transportados para a montagem já com as esquadrias, com todas as instalações já embutidas e revestidos, prontos para o recebimento da pintura. É um método interessante e pode ser usando também para qualquer tipo de construção, mesmo as que não são em série, como nos casos dos conjuntos habitacionais.

Particularmente, sou aberto a mudanças, sempre gostei de usar produtos novos nas construções porque passei.

O certo é que a tecnologia em construções habitacionais populares não evoluiu como se esperava. Nada de novo surgiu de forma revolucionária.

Cada região tem suas peculiaridades, seus diferentes tipos de materiais que podem ser utilizados nas construções. O tijolo cerâmico ainda é imbatível para erguer as alvenarias.

O problema maior no uso dos materiais de forma adequada é a qualidade da mão de obra. As Universidades pecaram ao longo dos anos em não interagir com a sociedade para preparar essa mão de obra que hoje falta em todas as áreas da indústria da construção civil. Será alto o preço a ser pago por esse grave erro. A começar pela formação dos engenheiros civis. O Brasil não forma profissionais suficientes para atender o mercado que se expande. A qualidade dos que se formam ainda deixa a desejar.

O concreto armado existe há pouco mais de cem anos. O primeiro edifício construído no mundo, totalmente em concreto armado, foi em Paris em 1901, tem 7 andares e existe até hoje.

As autoridades têm cada vez mais de criar mecanismos eficientes para monitorar a manutenção das construções.

A construção civil precisa treinar os operários de forma a sempre melhorar a qualidade das edificações

Os órgãos fiscalizadores são ainda menosprezados. O poder público tem que prover recursos para contratação e formação de profissionais que possam fiscalizar de forma constante e eficaz as edificações.

Toda construção só deveria ser liberada para o início das obras após a aprovação de todos os projetos necessários.
Voltando às construções populares, o impacto maior que elas causam é no meio ambiente.

Construir mil casas no bairro tal, em alguns meses pode ser feito. Levar escolas, transporte, segurança, saúde, lazer e bem estar aos seus moradores e manter tudo isso funcionando em harmonia, creio ser o maior desafio das administrações públicas.

Construir conjuntos habitacionais requer um planejamento sério e bem elaborado para se evitar problemas futuros.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Reforma da BR 365

Os conjuntos habitacionais em construção em Ituiutaba estão a todo vapor.
Assinados pelo Governo Federal os Convênios para início dos serviços de reforma e construção da terceira pista da BR 365 do Trevão até a divisa com Goiás, em São Simão e também a duplicação da mesma rodovia de Uberlândia até o Trevão de Monte Alegre. A população há tempos aguarda por essa obra. Também será feita a reforma do trecho da BR 153 do Trevão até a cidade de Prata.
A duplicação do trecho urbano do trevo de Capinópolis até o trevo de saída para Santa Vitória ficará para outra ocasião.
Não importa, só de saber que vai acabar aquele tremendo degrau existente no acostamento da rodovia, principalmente de Ituiutaba até Santa Vitória, será um alívio para os motoristas, que passarão a ter área de escape, para fugir das filas de caminhões que só aumentam a cada ano com o crescimento da economia.
Por outro lado, o asfaltamento das ruas pelos diversos bairros da cidade, inclusive com a interligação da Avenida Minas Gerais, até o Bairro Novo Tempo II, segundo a administração municipal será iniciado agora em março. É esperar para ver. E cobrar.
Seria bom se a prefeitura conseguisse executar nas áreas de entrada da cidade, às margens da BR-365, os espaços destinados à venda de artesanatos locais. Obra também muito esperada pelos artesãos locais, que são muitos e atuam em diversas áreas e aguardam ansiosos por esse espaço fixo para expor e divulgar seus produtos. Certamente muitos empregos serão gerados.
É ano político, alguns candidatos da cidade serão lançados buscando vaga na assembléia legislativa estadual. Nossa região não tem representante atualmente naquela casa.
Cidades vizinhas deram exemplo nesse sentido, lançando candidato único e assim aumentando as chances de ser eleito. Historicamente, pelo que eu me lembre, nossa cidade nunca atuou assim, sempre tivemos mais de um candidato para as duas casas legislativas.
Talvez por isso, uma cidade pólo como é a nossa não tenha deputados nem federal e nem estadual.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Uma solução para o centro

Outro dia o teto de um barracão de uma loja de peças de motos ruiu e veio abaixo, por sorte não machucou ninguém. Ontem uma marquise caiu no centro da cidade na rua 11, atingindo um senhor de 74 anos.
Alguns proprietários dos prédios mais antigos estão se precavendo e reformando os telhados. Outro dia, passando pela avenida 26, vi que estão demolindo os telhados dos barracões na esquina com a rua 15 onde sempre funcionou um laticínio. Aqueles prédios antigos ali no centro, com um projeto bem desenvolvido, dá um tremendo centro comercial; a rua 15 entre as avenidas 26 e 28, que fica entre os prédios com seus paredões altos dos dois lados da rua, poderia ser toda envolvida no empreendimento.
Nossa cidade foi a Capital do Arroz, na década de sessenta. Existem muitos prédios antigos que foram máquinas de beneficiar arroz. Paredes altas e grossas, vãos grandes com madeiramentos em sua maioria bem feitos, mas que com o tempo, e lá se vão mais de cinquenta anos, começam a apresentar problemas sérios.
O incidente que aconteceu na loja de motos foi um sinal de alerta.


domingo, 17 de janeiro de 2010

Novas sedes para os prédios públicos

Em Ituiutaba alguns órgãos dos governos federal e estadual não têm sede própria.
Nossa prefeitura há tempos vem se esparramando por diversos prédios alugados pelo centro afora, sua própria sede, que funciona na praça principal da cidade, tem mais de cinquenta anos e já está ultrapassada.
Um novo local deveria ser pensado para no futuro concentrar toda a administração municipal. A cidade merece.
O Tiro de Guerra tem sede própria mas está num local totalmente inadequado para o propósito, pequeno e próximo a um hospital, já passou da hora de se mudar para perto do anel viário, depois do aeroporto.
Receita Federal, Receita Estadual, Ipsemg, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Secretaria Estadual de Educação, Secretaria de Segurança Pública, Ibama, Incra, IEF Instituto Estadual de Florestas, Procuradoria Geral, Ministério do Trabalho, Juizado Especial, só para lembrar alguns dos órgãos que funcionam em instalações improvisadas.
São muitas obras que nossa cidade ainda terá um dia para abrigar todos esses órgãos e repartições.
Fora as obras que serão necessárias para acompanhar o crescimento natural da cidade, como os postos de saúde, escolas e obras de infraestrutura.
Os conjuntos habitacionais estão pipocando pelas periferias, seis já estão em andamento com quase três mil unidades para beneficiar famílias com renda de zero a três salários mínimos.
Quase o dobro disso é o número de famílias que foram inscritas e aguardam na fila para a realização do sonho da casa própria.