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domingo, 29 de abril de 2012
Bossa
Encontrei-me hoje com o boleiro Bossa, nunca soube seu nome, só o apelido marcante e sua presença também porque ele zelava de uma enorme cabeleira blackpower. Em minha adolescência, quando ainda insistia em jogar futebol, por algumas vezes fiz parte da equipe montada por ele para ir jogar na zona rural. Ele deve ter percorrido todos os campos de futebol do município. Levava seus comandados em caminhões de carroceria com tábuas atravessadas para o assento, tipo pau-de-arara, naquele tempo era permitido. Uma vez ele me disse, não ponha as pernas sob a tábua porque se ela quebrar você se machuca.
Por três vezes fiz parte dessa turma. Sempre acompanhando o meu primo Ely, que era um craque no meio de campo, era só o Bossa saber que ele estava na área que o convidava para os jogos e eu ia de intruso. Não quero aqui falar do meu desempenho nos jogos.
Foi muito bom rever o Bossa depois de passados tantos anos. O encontro me trouxe boas recordações, que aliás, são tantas, que merecem texto especial em outra ocasião, cada jogo era uma história, por sinal muito divertidas.
Ele não tem mais a cabeleira de antes, mas me pareceu forte e saudável. Bom te ver.
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