São 189 anos de liberdade.
Tempo de se relembrar alguns valores. No meu tempo de colégio em Ituiutaba, na década de 70 no agora demolível, Colégio São José, em todas as quintas-feiras exatamente às 8 da manhã era hasteada a bandeira brasileira ao som do hino nacional que todos na escola dispostos em ordem, posição de sentido, cantavam. A letra do hino era estampada na contra-capa da carteirinha escolar para não haver desculpas de não saber na ponta da língua. A maioria sabia, os que não sabiam o hino todo iam no embalo, todos se saíam bem e o ato cívico era executado com respeito.
Tínhamos como grade do currículo escolar a matéria Educação Moral e Cívica.
Matéria que mais tarde, não sei ao certo, foi substituída por OSPB - Organização Social e Política Brasileira.
Sinceramente hoje não sei como funciona. Certa vez li que no Brasil tem um colégio no Rio Grande do Norte que ainda tem na grade uma dessas matérias. Tem base! Um colégio.
Cidadania. Valores. Amor à Pátria.
Como apaixonado por futebol que sou, tenho visto que em alguns Estados foi aprovada uma lei que obriga a execução do hino nacional antes do início dos jogos. Os jogadores enfileirados lado a lado com os juízes cantando o hino para todo o país ver porque a televisão mostra, alguns cantam, outros não. Só que a televisão também mostra a torcida na arquibancada e aí vemos os torcedores sentados tomando sorvetes.
Esses torcedores certamente não tiveram aulas de Educação Moral e Cívica.
Isso me fez lembrar: em 1978 participei de minha primeira passeata em Goiânia pela Anistia Ampla Geral e Irrestrita. Foi da Praça Universitária rumo à Praça Cívica. A reunião fora marcada para a Praça Universitária, só que chegou o exército muito rápido, em caminhões abertos, os soldados com cassetetes e escudos foram se enfileirando lado a lado cercando a praça. Os ânimos se exaltaram. Os alunos começaram a gritar palavras de ordens e decidiram sair em passeata, a multidão empolgada. Observados. Não houve nada de grave, nenhum confronto. Os soldados eram todos muito jovens, tinham praticamente a idade do alistamento militar obrigatório. Estavam ali para obedecer ordens. No meio do caminho alguém começou a cantar o Hino Nacional. Aquilo foi crescendo e crescendo e todos cantamos. Foi de arrepiar.
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