Sua fachada, com grande caixilharia de vidro e colunas circulares revestidas em pastilhas se destacava sob a claridade de imponente luminoso.
Seu interior, com escadas simétricas laterais de acesso às poltronas superiores, cortinas grossas de tecido vermelho escuro, corredores bem espaçosos dos sanitários , piso em tacos de madeira, teto em forro de gesso perfeitamente dilatado e suas poltronas de madeira onde a paquera rolava solta antes do início das seções. Hoje a molecada ouve isso e ri da gente, que bobocas! Quando a fita ia começar era dado um toque mágico "din-don", e os paquerantes apressados procuravam seus assentos antes das luzes se apagarem.
Frequentei o Cine Capitólio aproximadamente por dez anos, dos sete aos dezessete anos, quando me mudei para estudar. Eram os anos de 1967 a 1977.
Um dia fiquei sabendo que o cinema tinha sido fechado e suas instalações alugadas para uma igreja evangélica.
Depois virou uma grande loja de produtos populares que lá ainda funciona.
Certa vez discutíamos numa mesa de bar entre amigos, algumas alternativas que poderiam ser dadas para o Cine Capitólio. Para funcionar como cinema novamente, ele poderia ser dividido em até quatro salas de projeção, como nos grandes centros comerciais, salas menores e sessões intercaladas em horários diferentes. Seus grandes corredores laterais poderiam se transformar em galeria de arte.
Seria muito bom ver aquele prédio funcionando novamente como um espaço cultural.
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