O crescimento de qualquer cidade é questão sempre muito discutida. Os exemplos de crescimento desordenado das grandes cidades não podem ser repetidos
O Minha Casa Minha Vida, programa do Governo Federal para a construção de um milhão de lares, está causando polêmica entre os especialistas sobre a questão. Teme-se que os cinturões nas periferias das cidades, ou guetos ou seja lá o nome que derem, desloquem as populações de baixa renda ainda para mais longe dos centros.
Construção de um conjunto habitacional não é só se fazer as casas com paredes e tetos e colocar luz e água e esgoto e asfalto. Todo um trabalho social deve acompanhar a implantação, desde a concepção do projeto com desapropriação de áreas próximas aos centros urbanos. Tudo deve ser muito estudado e teme-se que a pressão política para se fazer a quantidade de moradias em pouco tempo atropele o planejamento.
Também criticam muito a pobreza arquitetônica do projeto divulgado. Entendo que o projeto divulgado é sugestivo com o mínimo que as moradias devem ter, inclusive com altura mínima de pé direito e acabamentos nas áreas frias com revestimento cerâmico, cabe aos autores dos projetos a readequação. Os urbanistas têm em mãos uma ótima oportunidade de colocar seus projetos em prática, oportunidade de mudar as paisagens.
Pelo lado positivo do crescimento das cidades, o conjunto habitacional deve estar acompanhado por escolas e hospitais públicos, centros comerciais, áreas de lazer e acompanhados por um transporte coletivo de qualidade.
Em cidades como a nossa Ituiutaba, existem várias áreas dentro do perímetro urbanizado que permitem a construção de conjuntos habitacionais menores. Os terrenos sairiam mais caros, mas, em compensação, a infraestrutura pronta poderia viabilizar o investimento subsidiado do Governo Federal.
Esse plano, segundo o Governo, atenderá somente a 14% da carência existente em habitações no País.
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